quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A problemática das ligas

Como todos sabem, as minhas preferências no poker vão para os MTT (Multi Table Tournaments) e, especialmente para as Ligas. Sou doido por ligas (as de poker, embora as das senhoras também me encantem).

Não sei se isto terá a ver com os meus mais de 20 anos como director desportivo de Futsal, muitos deles passados em equipas de alta competição, na 1ª divisão (Correio da Manhã, Amora FC, Estrela da Amadora) e até na Selecção  Nacional (aqui ainda nos tempos do Futebol de Salão) e pela competitividade inerente àquelas funções, especialmente em face dos resultados/classificações obtidos semanalmente. Uma época desportiva é, por natureza, uma 'prova' de regularidade, onde se vai somando o maior número de pontos em face do objectivo final que, no caso do Futsal, tanto pode passar por objectivos mais ou menos ambiciosos: tanto podem ser o de ser campeão como o de evitar a descida de divisão ou ir às provas europeias.



No poker há variadíssimos tipos de ligas e, nalgumas, nem sempre é apenas elegível o 1º lugar. Muitas consistem em 'vestibulares' para uma qualquer final, seja ela mensal, semestral ou anual onde, aí sim, se joga o 'gordo'.

Dentro da filosofia das ligas, e da concomitante necessidade de ir amealhando pontos, há a necessidade de estabelecer objectivos e tentar superá-los gradualmente.
O mais comum, o de partida, será o de conseguir entrar nos pontos, depois no dinheiro e, finalmente, ganhar o torneio. Pode parecer uma estratégia algo calculista, quiçá pouco ambiciosa, mas todos sabem que não é preciso ser-se o chip leader quando ainda faltam 10 ou 20 jogadores para se ganhar um torneio; quantas vezes é o short stack a consegui-lo?

Mas as ligas têm um problema grave: é que não convém nada faltar às jornadas, o que pode comprometer seriamente o desempenho global e a classificação final.
Ora, a necessidade de ser assíduo pode comprometer inclusivamente a nossa agenda pessoal; não nego que já deixei de fazer outras coisas porque tinha a liga A ou B, nas quais era importante participar. E, com uma agenda tão ocupada como a que tive em 2009/2010, especialmente por causa do mestrado, não me apetece mesmo nada ficar 'condicionado' à calendarização ligueira. Esta é uma das coisas em que tenho que pensar e organizar bem na rentrée!


Após umas férias retemperadoras nas quais não joguei poker, nem um mísero sit&go que fosse (tinha-o imposto a mim próprio, por um lado como auto-disciplina, por outro como um termómetro-ludopata, além de outras razões bem mais importantes: precisava de todo o tempo do mundo para um 'banho de família', para o qual todos os minutos seriam poucos) há que encarar este lazer do poker como efectivamente um ócio, não como uma parte integrante do meu quotidiano. Jogar por prazer e quando se puder, evitando o 'ter' que jogar.
E, neste campo, as ligas têm muito a culpa, por via da tal necessidade de assiduidade, sem a qual os bons resultados nunca seriam(ão) possíveis.

Em contrapartida, e no aspecto financeiro, têm, efectiva e inegavelmente, sido as ligas que me têm proporcionado maiores lucros (e lucros que embora não sejam fortunas também não se podem considerar desprezíveis) pelo que haverá que tentar arranjar aqui um equilíbrio entre todos estes factores.
E, nesta matéria, também se pode desmontar aqui a teoria de que o poker é apenas lazer/ócio. Não é! Não conheço ninguém que não diga que joga poker para ganhar dinheiro, o resto são eufemismos.
É nesta teia que veremos se somos a aranha ou o insecto, o caçador ou a presa, o cão ou o pato...

1 comentário:

Anónimo disse...

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cumps